Com sua filha de quatro anos no colo, Al Nahawi erguia uma placa com os dizeres “meu sangue é palestino”, enquanto caminhava ao lado de outros manifestantes, todos eles clamando por paz e justiça na região. Em meio à multidão, era possível ver cartazes e faixas com palavras de solidariedade ao povo palestino, além de pedidos de intervenção internacional para garantir o respeito aos direitos humanos.
Em uma entrevista exclusiva ao nosso jornal, Al Nahawi compartilhou sua dor e indignação diante da situação vivida por seu povo. Ele contou que seus primos, jovens cheios de sonhos e esperanças, foram atingidos por um bombardeio israelense enquanto estavam em um mercado no centro de Gaza. “É uma tragédia sem tamanho, uma dor que nenhuma palavra pode descrever”, desabafou.
Segundo Al Nahawi, a perda de seus primos não é um caso isolado. “Estamos acostumados. São 75 anos de ocupação, de injustiça e de violações constantes dos nossos direitos”, afirmou. Ele ressaltou que a comunidade palestina no Brasil não poderia ficar alheia ao sofrimento de seu povo e decidiu se unir aos demais manifestantes para mostrar solidariedade e exigir justiça.
Durante o ato, foram ouvidos discursos emocionados de lideranças palestinas e brasileiras, além da apresentação de músicas e danças tradicionais. A manifestação foi pacífica, mas carregada de emoção e revolta diante do cenário de destruição e morte que assola a região.
Ao final do protesto, Al Nahawi fez um apelo aos governos e à comunidade internacional para que tomem medidas efetivas para acabar com a violência e garantir o fim da ocupação israelense na Palestina. “Não podemos mais aceitar essa injustiça. O povo palestino merece viver em paz e em liberdade”, ressaltou.
Enquanto a violência continua em Gaza e na região, o protesto em São Paulo serviu como um grito de esperança e solidariedade àqueles que lutam diariamente por sua sobrevivência e dignidade. No rosto de Mohamad Al Nahawi, acompanhado de sua filha, era possível ver a determinação de seguir lutando por um futuro melhor para o povo palestino. Ele é apenas um dos milhares de rostos que, em diferentes partes do mundo, levantam suas vozes para que a paz prevaleça.
