A exploração mineral em Maceió teve início com o Plano Nacional de Desenvolvimento em 1971, durante o regime militar. A Braskem, que na época era conhecida como Salgema Indústria Química de Alagoas, começou suas operações na região em 1976, após autorização do governo estadual. No entanto, a extração de sal-gema ao longo dos anos, sem os devidos estudos de impacto ambiental, resultou em galerias vazias no subsolo da cidade, colocando em risco tanto o meio ambiente quanto a população local.
O afundamento do solo e os tremores constantes têm causado rachaduras em ruas, casas e outras edificações, levando ao abandono de milhares de imóveis em bairros como Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro e Farol. A situação se agravou ao ponto de impactar a imagem pública da empresa Braskem, que planejava participar da COP28 para melhorar sua reputação. O agravamento da crise em Maceió na mesma semana da conferência levou a empresa a cancelar sua participação, reconhecendo que a situação na cidade estava sobrepujando outras discussões técnicas.
A empresa afirmou em nota que o cancelamento de sua participação na COP28 se deu devido ao agravamento da crise em Maceió, para evitar que o assunto sobrepujasse quaisquer outras discussões técnicas. A repercussão negativa do episódio levou a empresa a reconsiderar sua participação no evento, demonstrando a preocupação com a situação em Maceió e os impactos na comunidade. A mineradora Braskem enfrenta agora a necessidade de lidar com a crise em Maceió, buscando soluções para os impactos causados pela atividade exploratória na região.