Durante a entrevista, o embaixador destacou a complexidade do sistema eleitoral americano, ressaltando que a eleição não é definida pelo voto direto, mas sim através de um colégio eleitoral. Ele também mencionou a pressão sobre o presidente Joe Biden para desistir da candidatura, o que torna o cenário ainda mais incerto.
Amorim está programando uma viagem aos EUA esta semana, onde terá eventos acadêmicos e contatos com autoridades americanas, incluindo conversas com Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca. Ele afirmou que é necessário aguardar para ver se o atentado resultará em um impulso eleitoral para Trump, e ressaltou que a questão da vitória não está garantida mesmo com mais votos, devido à natureza do sistema eleitoral no país.
O governo brasileiro expressou sua torcida pela vitória de Biden, citando a identificação maior com o candidato e suas políticas econômicas e sociais. Amorim também mencionou algumas divergências de política externa, mas destacou a importância de apoiar um candidato que defende a democracia no Brasil.
Em meio aos debates e incertezas sobre o impacto do atentado contra Trump na eleição americana, as declarações de Celso Amorim oferecem uma visão ponderada e cautelosa sobre o atual cenário político nos Estados Unidos.