Desde o início da guerra entre Israel e a Palestina em outubro de 2023, as forças norte-americanas e da coligação internacional no Iraque e na Síria têm sido alvo de mais de 100 ataques, a maioria dos quais realizados por uma combinação de mísseis e drones de ataque unidirecional.
Segundo o professor e pesquisador em relações internacionais na PUC-SP, Rodrigo Amaral, o Irã é o principal ator externo que influencia diretamente na política interna do Iraque. Ele afirmou que o Irã tem uma conexão extremamente próxima com alguns partidos políticos xiitas islâmicos no Iraque, e a coligação mais ativa são as forças Hashd al-Shaabi, um grupo guarda-chuva que contém mais de 40 partidos com capacidade paramilitar.
De acordo com Amaral, o governo do Iraque reconheceu a formalidade desses grupos, incluindo a ação paramilitar, em 2016, devido aos combates contra o Estado Islâmico. O Hashd al-Shaabi possui grande popularidade informal e formal no Parlamento do país, com 30 cadeiras compostas por membros desse grupo.
Diante desse contexto, as autoridades iraquianas estão enfrentando desafios complexos, já que a influência do Irã e seus aliados dentro do país é significativa. Essa situação gera preocupações sobre a estabilidade e segurança na região, com potenciais efeitos adversos para todas as partes envolvidas. Este cenário é complexo e requer atenção e ação cuidadosa por parte das autoridades locais e internacionais para evitar a escalada do conflito e a ocorrência de novos ataques. Ainda assim, a situação permanece dinâmica e sujeita a mudanças imprevistas, o que torna a previsão de futuros acontecimentos uma tarefa desafiadora para todos os envolvidos.
