No dia anterior, o comandante Ibrahim Qabisi foi morto, ampliando os danos à ala militar do Hezbollah. De acordo com Israel, dos 19 membros do grupo antes do conflito atual, 17 já foram mortos. Os alertas soaram às 6h30, acordando moradores em diversas estações de Tel Aviv até Netania. Durante a madrugada, houve sobrevoos de aviões de caça israelenses em Jerusalém.
O ataque simbólico do Hezbollah tinha como alvo um centro de inteligência militar, demonstrando a capacidade do grupo de atingir a cidade, que fica a 580 km da fronteira libanesa. O Instituto para Estudos de Segurança Nacional estima que o Hezbollah possui um arsenal de 160 mil projéteis e foguetes, sendo que 4.500 têm alcance para Tel Aviv.
A situação na região se intensificou desde que Israel decidiu atacar mais decisivamente o Hezbollah, que havia aumentado a tensão na fronteira para apoiar os aliados da Faixa de Gaza, dominada pelo Hamas. Tel Aviv busca um retorno dos moradores que deixaram a área fronteiriça como prioridade, apesar das críticas de que isso seria uma estratégia política para manter o poder.
Enquanto Israel se prepara para uma ofensiva terrestre caso o Hezbollah não recue, os ataques aéreos israelenses continuam intensos na região. A última ação militar resultou em mais de 500 mortes, marcando uma das maiores operações em décadas contra os alvos vizinhos. A incerteza paira sobre a região, com a possibilidade de uma escalada ainda maior do conflito.