Integrantes de outros órgãos, disputas por poder e tentativas de ampliação de atribuições são alguns dos motivos que têm gerado conflitos entre a PF e outras corporações, que muitas vezes precisam atuar em conjunto.
Uma das situações que causou desentendimento foi a disputa com o GSI e os militares pela responsabilidade da segurança pessoal de Lula e da primeira-dama. No início do governo, um decreto foi assinado para transferir parte da proteção presidencial para a PF, mas a medida foi revertida, voltando a responsabilidade para o GSI.
Além disso, a relação com a Abin também está abalada, resultando na demissão do ex-diretor-adjunto Alessandro Moretti, citado em um relatório da PF sobre suposto uso da agência para espionar adversários políticos.
Outro ponto de conflito é a indiciamento de policiais rodoviários pela PF em uma operação conjunta que resultou em mortes. A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais acusou a PF de abandonar a população.
A relação da PF com órgãos de investigação do Rio de Janeiro também está conturbada, com investigações apontando um “ecossistema criminoso” na Polícia Civil.
Apesar dos desentendimentos, a PF tem estreitado laços com o Ministério Público do Rio de Janeiro, atuando juntas em investigações contra as milícias e em casos como o da morte da vereadora Marielle Franco.
No entanto, o relacionamento institucional foi colocado à prova com a divulgação do relatório da PF sobre a morte de Marielle, provocando críticas e posicionamentos firmes por parte do MP-RJ.
Assim, a Polícia Federal tem enfrentado diversos desafios e controvérsias em sua atuação, mostrando a complexidade das relações entre as instituições de segurança no país. A busca por equilíbrio e cooperação em meio a conflitos e desentendimentos é essencial para garantir a eficácia das investigações e a segurança da sociedade como um todo.