Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ataques de Israel em Gaza resultam na morte de mais de 31 mil palestinos, incluindo 13 mil “terroristas”, diz Netanyahu.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, causou polêmica ao afirmar em entrevista a um jornal alemão que pelo menos 13 mil “terroristas” estavam entre os palestinos mortos durante os ataques aéreos e terrestres de Israel contra Gaza. Essa declaração surge cinco meses após o início da campanha de Israel em resposta ao ataque do grupo Hamas no sul do país, em 7 de outubro.

De acordo com as autoridades de saúde palestinas, cerca de 31 mil palestinos foram mortos desde o início dos ataques. No entanto, o Ministério da Saúde de Gaza não forneceu detalhes precisos sobre a quantidade de civis e militantes do Hamas entre as vítimas. Segundo eles, 72% dos mortos eram mulheres e crianças, o que levanta questões sobre o impacto desproporcional da violência sobre civis inocentes.

Por sua vez, o Hamas contestou as afirmações de Netanyahu, considerando os números de mortos entre seus membros como tentativas de criar uma narrativa de “falsas vitórias”. O grupo argumenta que as forças israelenses estão tentando manipular a percepção pública da situação, especialmente no que diz respeito à quantidade de combatentes do Hamas mortos durante os confrontos.

Essa guerra de informações reflete a complexidade do conflito entre Israel e Palestina, com ambas as partes buscando controlar a narrativa e justificar suas ações. Enquanto Israel afirma estar agindo contra o terrorismo e se defendendo de ataques, o Hamas denuncia as mortes de civis e busca apoio internacional para sua causa.

O saldo de vítimas e a interpretação dos eventos continuam sendo pontos de tensão nesse conflito de longa data, que parece longe de uma solução pacífica e duradoura. A comunidade internacional segue acompanhando de perto os desdobramentos e pressionando por um cessar-fogo e negociações diplomáticas para encontrar uma saída para a crise.

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