Ataques de Israel a jornalistas palestinos geram denúncias internacionais e indignação da comunidade jornalística.

Israel: Assassinato de Jornalistas e a Opressão Contra os Palestinos

O assassinato de jornalistas é uma prática regular em Israel, e recentemente a morte de Shireen Abu Akleh chocou a comunidade jornalística. Akleh foi assassinada a sangue frio por denunciar e documentar a opressão de Israel contra os palestinos por mais de quinze anos para a Al Jazeera.

Além disso, em 2018, durante os protestos da Grande Marcha do Retorno, jornalistas que cobriam as manifestações foram baleados por atiradores israelenses. Não é a primeira vez que a imprensa é atacada por Israel, já que durante um bombardeio da Faixa de Gaza, jatos israelenses destruíram um prédio que abrigava escritórios de agências de notícias, incluindo a Associated Press e a Al Jazeera.

Segundo o Sindicato de Jornalistas Palestinos (SJP), mais de 50 jornalistas palestinos foram mortos desde 2000, enquanto os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmam que pelo menos 41 jornalistas foram mortos na guerra entre Israel e a Palestina que eclodiu em 7 de outubro deste ano. Desses, 36 eram repórteres palestinos mortos na Faixa de Gaza por ataques israelenses. A situação é tão grave que em abril de 2021, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), o Sindicato de Jornalistas Palestinos e o Centro Internacional de Justiça para os Palestinos (CIJP) fizeram uma queixa formal ao Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre a “perseguição sistemática” de Israel a jornalistas palestinos.

Uma pesquisa independente realizada pelo I’lam – Arab Centre for Media Freedom, Development and Research em 2021 revelou que os ataques e atos de assédio contra jornalistas palestinos e trabalhadores da comunicação que cobriam manifestações e violência na Palestina ocupada eram cometidos, em sua maioria, pelas forças israelenses.

No Brasil, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) denunciou e protestou contra as mortes dos jornalistas, unindo-se ao coro internacional que exige justiça para esses profissionais que arriscam suas vidas diariamente para levar a verdade ao público.

A prática de violência e assassinato de jornalistas é uma afronta à liberdade de imprensa e à democracia, e é crucial que a comunidade internacional continue a pressionar Israel para acabar com esses atos de opressão e violência contra os jornalistas palestinos.

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