Nesta segunda-feira (18/12), o ministro da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, anunciou a formação de uma coligação militar denominada “Guardiões da Prosperidade” no Mar Vermelho. O objetivo da coalizão é conter ameaças e garantir a segurança da região, com a participação de vinte países, incluindo a Espanha.
No entanto, o anúncio do envolvimento da Espanha na coligação causou descontentamento no governo espanhol, que não foi consultado previamente. A porta-voz do governo, Pilar Alegría, afirmou que a Espanha não participaria de operações militares de forma unilateral e que exerceria “a máxima cautela” em relação à participação na coligação.
A formação da coalizão também representa uma fonte adicional de tensão nas relações entre Madri e Washington, devido a um caso recente de espionagem. A Espanha expulsou discretamente dois agentes americanos que se infiltraram nos serviços secretos espanhóis, o que elevou a desconfiança entre os dois países.
Porém, o Ministério da Defesa espanhol esclareceu que o país sempre será um aliado sério e confiável, participando de missões militares da União Europeia, da Otan e das Nações Unidas. Atualmente, cerca de 3 mil homens e mulheres das forças armadas espanholas estão empenhados em missões de paz.
Além disso, no último sábado (23/12), os Estados Unidos anunciaram que quatro drones que seguiam em direção a um destroyer americano no sul do Mar Vermelho foram derrubados. Os drones foram lançados de áreas do Iêmen controladas pelos houthis, aliados do Irã.
Esses ataques representam um desafio ao comércio marítimo mundial, já que os houthis vêm atacando navios que passam pelo Estreito de Bab el Mandeb, no extremo sul do Mar Vermelho. O Comando Central americano respondeu aos pedidos de socorro de dois navios atacados e destacou que nenhum navio foi atingido pelos disparos.
Diante desses acontecimentos, a região do Mar Vermelho enfrenta um cenário de tensão e instabilidade, com os Estados Unidos liderando a formação da coligação “Guardiões da Prosperidade” para tentar garantir a segurança e conter as ameaças provenientes do Iêmen controlado pelos houthis. A situação continua sendo acompanhada de perto por autoridades e analistas.
