Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ataque com drone de Israel mata fornecedor de armas do Hamas no Líbano em ação que aumenta tensões na região

Na manhã deste sábado (22), um ataque com drone realizado pelas forças de Israel resultou na morte de Ayman Ratma, um fornecedor de armas para o grupo Hamas no Líbano. Segundo informações divulgadas pela imprensa israelense, Ratma também estava ligado à organização Jamaa Al-Islamiya, que é um braço da Irmandade Muçulmana.

O ataque ocorreu a cerca de 40 quilômetros ao norte da fronteira do Líbano e atingiu o veículo em que Ratma estava. Autoridades israelenses afirmaram que o alvo se preparava para realizar um ataque ao país e já tinha participado de atividades semelhantes anteriormente, mas sem fornecer detalhes específicos.

Ratma era considerado um dos principais responsáveis pelas operações do Hamas em território libanês, o que acirrou ainda mais a tensão na região. Nos últimos dias, houve um aumento significativo nos ataques e na retórica agressiva entre o grupo Hezbollah, aliado ao Irã, e Israel.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou preocupação com a escalada de violência na região e alertou que o Líbano não pode se tornar outra Faixa de Gaza. Tel Aviv e o Hezbollah têm trocado ameaças e lançado foguetes em suas respectivas fronteiras desde o início do conflito entre Israel e o grupo Hamas em Gaza.

Na última sexta-feira, os militares israelenses realizaram uma série de ataques contra posições do grupo xiita no sul do Líbano, atingindo edifícios, postos militares e outras infraestruturas. O Hezbollah respondeu com um grande ataque contra Israel, prometendo intensificar a ofensiva em retaliação à morte de um de seus comandantes em um ataque aéreo israelense.

O Hezbollah, financiado por Teerã, é um grupo xiita influente no cenário político do Líbano, com atuação social no país e uma ala paramilitar poderosa. Diferentemente do Hamas, o Hezbollah não enfrenta o cerco israelense na Faixa de Gaza e possui mais poderio bélico, tendo experiência em conflitos, especialmente devido à sua participação na guerra civil da Síria ao lado das forças de Bashar al-Assad.

Sair da versão mobile