Segundo informações de moradores próximos ao hospital, Israel acusa o Hamas de possuir um posto de comando secreto sob o complexo hospitalar. Como resultado, o acesso ao hospital tem se tornado cada vez mais difícil, dificultando ainda mais o atendimento aos pacientes feridos nos ataques. O número de civis que estão se abrigando no Hospital Shifa é alarmante, pois o local já estava lotado de pacientes antes dos bombardeios.
Mahmoud al-Sawah, abrigado no hospital, afirmou que a situação tem se agravado e que parece que Israel está tentando isolar a área. Outro morador, Abdallah Sayed, disse que os bombardeios dos últimos dias têm sido os mais violentos desde o início do conflito.
Em contrapartida, o exército israelense divulgou imagens geradas por computador que supostamente mostram a presença de instalações do Hamas dentro e ao redor do Hospital Shifa, além de depoimentos de combatentes do grupo capturados. No entanto, pouco se sabe sobre os túneis e outras infraestruturas do Hamas, já que o grupo nega as alegações de Israel e as considera como uma forma de justificar futuros ataques.
O Crescente Vermelho Palestino informou que outro hospital, o Hospital Al-Quds, também recebeu ordens de evacuação por parte das autoridades israelenses. No entanto, a instalação se recusou a evacuar, alegando que isso resultaria na morte dos pacientes que dependem de ventiladores.
Israel alega que a maioria dos residentes acatou suas ordens para se deslocarem para a parte sul do território sitiado, mas centenas de milhares ainda permanecem no norte do enclave. Até o momento, não houve nenhum comentário oficial de Israel sobre a última ordem de evacuação ou sobre os ataques perto do Hospital Shifa.
A situação em Gaza continua alarmante, com a população sofrendo com os constantes ataques e a falta de acesso a serviços médicos essenciais. É crucial que a comunidade internacional atue para garantir a proteção dos civis e o fim imediato da violência.