A Associação Pró-Centro moveu uma ação para obrigar a Enel a melhorar a comunicação com os clientes em caso de novos apagões. A ação requer que, em situações de falta de energia, a distribuidora informe ativamente e de forma individualizada aos consumidores a previsão de restabelecimento do fornecimento em até 30 minutos. Além disso, a Associação sugere uma multa de R$ 3.000 em caso de descumprimento, com o valor revertido aos consumidores afetados.
Outra demanda da ação é referente ao envio de geradores de energia. A Pró-Centro solicita que a Enel disponibilize geradores quando as suspensões no fornecimento de eletricidade ultrapassarem uma hora, dando prioridade para aqueles que prestam serviços essenciais, idosos ou portadores de doenças graves. A multa proposta para esse caso é de R$ 10 mil por dia de descumprimento.
Segundo a Associação, as situações enfrentadas pelos consumidores da Enel vão além de meros percalços, causando verdadeiro dano moral ao impedir o uso de um item básico para a sobrevivência humana, como a energia elétrica, essencial para diversas atividades diárias.
A Enel, procurada pelo UOL, não comentou sobre a ação movida pela Pró-Centro. A empresa explicou que os apagões ocorridos em novembro e março tiveram causas distintas. O primeiro foi ocasionado por um evento climático de força maior, que exigiu a substituição de postes, transformadores e cabos elétricos em um curto período. Já o segundo foi resultado de uma escavação realizada pela Sabesp que danificou os cabos da rede subterrânea da distribuidora.
Em nota ao UOL, a Enel reafirmou seu compromisso em garantir a entrega de energia de qualidade para todos, adaptando-se rapidamente aos eventos decorrentes das mudanças climáticas em curso. A empresa disse continuar investindo para melhorar seus serviços e atender às demandas dos consumidores.
