Repórter São Paulo – SP – Brasil

Assistente de artista vende água “ligeiramente contaminada” do Sena em protesto contra investimento “excessivo” nas Olimpíadas de Paris.

Na manhã de hoje, um artista conhecido como Colomina causou polêmica ao vender garrafas de água do Sena com um rótulo irônico que dizia “ligeiramente contaminado”. O evento ocorreu em frente a uma mesinha decorada com uma toalha vermelha, onde um de seus assistentes, em vez do próprio artista, comercializou as 50 garrafas por um preço simbólico de 10 euros cada, aproximadamente 58 reais. A atitude tinha como objetivo denunciar o investimento excessivo nas Olimpíadas para um resultado limitado, conforme explicou Colomina.

A ação, no entanto, não passou despercebida pelas autoridades, que logo desmontaram o estande após duas horas de sua instalação. Uma patrulha alertou para o fato de que vendas não autorizadas na via pública são proibidas, podendo acarretar em pena de prisão de até seis anos e multa de 3.750 euros, cerca de 21,8 mil reais. Colomina demonstrou decepção com a rápida intervenção e desmontagem do suporte para as garrafas.

Apesar do ocorrido, houve um registro positivo no meio da calmaria da manhã, como o caso de Shlomo Artzi, um israelense que adquiriu uma das garrafas. O artista também realizou outra intervenção artística em Toulouse, em maio, em homenagem aos atletas que competem nas Olimpíadas sob bandeira neutra.

O protesto de Colomina chamou a atenção para questões importantes envolvendo os altos investimentos em eventos esportivos e a repercussão que isso pode ter na comunidade. A provocação através da venda das garrafas de água do Sena certamente gerou discussões e reflexões sobre o tema.

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