Assessores de Lula avaliam queda de Moretti como remédio para evitar que crise chegue ao governo

Assessores diretos do presidente Lula estão preocupados com a crise que se aproxima do governo, e a queda de Moretti está sendo vista como um possível remédio para evitar a propagação do problema. A investigação desta semana traz grandes preocupações para o Palácio do Planalto, e a equipe de Lula busca maneiras de conter o impacto negativo que isso pode ter sobre o governo. A colunista Thais Bilenky, do UOL, relata que a pressão sobre o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, está aumentando à medida que as investigações avançam.

Corrêa, que foi diretor da Polícia Federal no segundo mandato de Lula, apoiou a ascensão de Moretti ao cargo de diretor da Abin. No entanto, a base governista mostrou ressalvas devido ao fato de que Moretti tinha ocupado um cargo importante na área de inteligência da PF durante o governo Bolsonaro, bem como trabalhado como número 2 na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. A associação de Moretti com figuras do governo Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, levanta preocupações sobre a sua nomeação para um cargo de tamanha importância.

A situação se agrava ainda mais pelo fato de Torres ter sido preso e ainda estar sob investigação por sua suposta atuação em algum evento de 2023. Moretti recebeu críticas devido à sua associação com Torres, e Corrêa bancou sua nomeação, afirmando sua qualidade e confiabilidade. No entanto, a possível queda de Moretti pode não ser suficiente para conter a crise que se aproxima do governo de Lula, e a investigação em curso pode acabar resultando na saída de Corrêa. O temor é de que, se revelações sobre a atuação da Abin durante o governo Lula surgirem, a pressão sobre Corrêa se intensificará.

Portanto, a situação se mostra cada vez mais delicada para o governo de Lula, com a possibilidade de efeitos colaterais advindos da associação de Moretti com figuras vinculadas ao governo Bolsonaro. A queda do diretor da Abin pode até mesmo ser vista como um paliativo temporário, pois a pressão sobre Corrêa e a própria possibilidade de avanço das investigações colocam em xeque a estabilidade do governo diante de mais uma crise eminente.

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