Segundo Amorim, a Rússia desempenha um papel crucial em vários aspectos das relações internacionais, como a segurança global e a diplomacia multilateral. Ele defendeu que a exclusão de Putin da reunião do G20 seria um ato de “hipocrisia”, especialmente considerando que o evento é uma oportunidade para discutir temas como a crise na Ucrânia e as tensões geopolíticas entre Rússia e países ocidentais.
As declarações de Amorim refletem a postura do governo brasileiro em relação à Rússia, que tem mantido relações políticas e econômicas próximas com o país. O Brasil tem buscado expandir seus laços com nações não ocidentais, como China, Rússia e outros países emergentes, como parte de uma estratégia de diversificação de suas parcerias internacionais.
A presença de Vladimir Putin na reunião do G20 também levanta questões sobre a posição do Tribunal Penal Internacional (TPI) em relação ao líder russo. Putin é alvo de críticas por parte de alguns países e organizações internacionais devido a alegações de violações dos direitos humanos e crimes de guerra. No entanto, Amorim questionou a seletividade do TPI em suas investigações e processos, sugerindo que a instituição age de maneira parcial e sujeita a influências políticas.
A declaração de Amorim coloca em destaque a complexidade das relações internacionais e as diferentes abordagens adotadas pelos países em relação a questões delicadas, como a participação de líderes controversos em fóruns multilaterais. O posicionamento do Brasil em relação à presença de Vladimir Putin no G20 reflete sua política externa de busca por diálogo e cooperação com atores globais diversos, mesmo diante de divergências e controvérsias. Esta postura pode ter repercussões tanto no âmbito diplomático quanto na política interna do Brasil, à medida que o país busca consolidar sua posição no cenário global.