Assassinato de médico no Rio gera manifestações de apoio à deputada Sâmia Bomfim em todo o país

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) afirmou nesta sexta-feira (6) ter recebido várias manifestações de apoio de todo o país devido ao assassinato de seu irmão, o médico Diego Bomfim, ocorrido em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Durante sua chegada à casa funerária em Presidente Prudente, cidade natal de Diego, Sâmia conversou brevemente com jornalistas e ressaltou o repúdio da sociedade brasileira ao crime, além da necessidade de solucioná-lo e tratá-lo com seriedade.

Os advogados da família irão solicitar os dados do inquérito para acompanhar todas as linhas de investigação, segundo informou a deputada. No entanto, políticos e membros da equipe de Sâmia pediram cautela e afirmaram que é preciso esperar as conclusões do caso, sem descartar nenhuma hipótese.

Apesar do apoio recebido pela deputada, suas redes sociais e as do irmão têm sido alvo de mensagens de ódio e fake news. Há duas linhas de postagens ofensivas, uma tentando relacionar a morte de Diego à existência de um comércio ilegal de próteses ortopédicas, o que é uma informação falsa. Diego era especialista em reconstrução ortopédica e atendia no SUS.

Um outro grupo de agressores direciona as ofensas diretamente a Sâmia, insinuando que sua família foi vítima dos “bandidos que ela defende”, em referência à vereadora Marielle Franco, do PSOL, assassinada em 2018 no Rio de Janeiro.

Em um apelo emocionado, a mãe e a irmã de Diego pediram o fim das mensagens de ódio e das fake news. A família tem sofrido ameaças constantes devido à atuação política de Sâmia. A deputada, que é um dos principais nomes da bancada feminina na Câmara, tornou-se vereadora em 2016 e, durante seu mandato, foi eleita como deputada federal em 2018, sendo reeleita em 2022 com 226 mil votos.

Diego estava no Rio de Janeiro para participar de um congresso internacional sobre cirurgia minimamente invasiva. Ele foi alvejado junto com seus colegas em um quiosque na Barra da Tijuca, onde também morreram os médicos Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida. O único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, está internado.

A suspeita é de que o ataque tenha ocorrido devido a uma confusão entre o ortopedista Almeida e um integrante de uma milícia local. Milicianos são criminosos que exploram o comércio local e cobram taxas de segurança ilegais. A polícia está apurando se o Comando Vermelho está envolvido no caso.

Em meio a esse triste episódio, a família de Sâmia pede respeito e empatia, destacando que são pessoas simples e que o ocorrido não deve ser politizado. O caso segue em investigação e espera-se que a justiça seja feita em relação aos responsáveis pelo assassinato dos médicos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo