Segundo Lula, a sociedade não precisa saber como cada ministro vota. Para o ex-presidente, o fato de saber se a maioria votou 5 a 4, 6 a 4, 3 a 2 já é o suficiente, não havendo necessidade de divulgar a identidade de cada magistrado. Ele argumenta que dessa forma, cada um que perde se sentirá raivoso, enquanto os vencedores ficarão felizes.
No entanto, para Arthur Lira, essa proposta de votos secretos prejudicaria o princípio da transparência, que é tão exigido no televisionamento das decisões do STF. Segundo o deputado federal, o posicionamento de Lula vai de encontro ao que muitos juristas e ex-ministros têm defendido, ou seja, que se tenha visibilidade sobre como os ministros estão votando.
Lira destacou que já se tem muita visibilidade em relação às decisões da Suprema Corte, e se as votações passarem a ser secretas, essa visibilidade será ofuscada. O presidente da Câmara ressaltou que é difícil avaliar a posição de outras pessoas sem ter conversado com elas, mas ele deixa claro que muitos juristas estão firmemente contra essa proposta.
Por fim, Arthur Lira colocou em pauta a importância de se saber como estão sendo feitos os votos dos ministros do STF. Ele questiona como seria possível ter uma Suprema Corte com muita visibilidade sem saber como cada ministro está votando.
Essa discussão levantada pelo ex-presidente Lula e pelos comentários do presidente da Câmara, Arthur Lira, aponta para a necessidade de se debater sobre os limites da transparência e visibilidade do processo decisório do STF. Cabe ressaltar que a questão da divulgação ou não dos votos individuais dos ministros é um tema complexo e que deve ser aprofundado no âmbito jurídico e político.