Segundo Lira, será respeitado o “rito regimental” e adotado o “processo normal”, que prevê a votação da prisão primeiro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ontem, o relator do caso na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC), apresentou parecer favorável à manutenção da medida, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes (STF).
Chiquinho Brazão foi preso sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). O relator destacou que há indícios de participação de Chiquinho e de seu irmão Domingos Brazão na execução de Marielle, e defendeu a decisão proferida por Alexandre de Moraes.
Apesar do parecer favorável à manutenção da prisão, a votação na CCJ foi adiada após três deputados pedirem vista do processo. Isso gerou tensão e bate-boca na comissão, com parlamentares se posicionando a favor e contra a decisão.
Chiquinho Brazão, que acompanhou a sessão da CCJ por videoconferência do presídio, afirmou que teve uma relação amistosa com Marielle e contestou as justificativas da Polícia Federal para sua prisão. Seu advogado também contestou a legalidade da prisão preventiva.
Apesar da complexidade e da sensibilidade do caso, a Câmara dos Deputados segue com o processo para decidir o futuro de Chiquinho Brazão. A votação na CCJ e posteriormente no plenário deve ocorrer nas próximas semanas. O presidente da Casa, Arthur Lira, ressaltou a importância de seguir o rito regimental e garantir um debate justo sobre o caso.
