Dentre as peculiaridades do Fona estão seus bíceps musculosos, pontos de fixação muscular nos quadris e ossos fundidos ao longo da pélvis, além de pés grandes em comparação com o resto do corpo, indicando que eram utilizados como pás para cavar. Essas características únicas foram apontadas como evidências de um corpo adaptado para a vida no subsolo.
O mais impressionante, no entanto, foi a forma como a ossada do Fona foi encontrada. Diferentemente de outros animais que viviam em regiões de inundação e cujas ossadas costumam estar espalhadas e apodrecidas, a ossada do Fona estava em grande quantidade e preservada na pose original da morte, com o peito para baixo e as pernas dianteiras abertas. Essa descoberta intrigou os cientistas, que acreditam que o Fona estava em uma toca no momento da morte, comportamento semelhante ao documentado em seus descendentes tecelossaurinos.
Embora os túneis cavados pelo Fona ainda não tenham sido identificados, câmaras subterrâneas de seu parente, o Oryctodromeus, já foram encontradas em estados como Idaho e Montana. Essas evidências reforçam a teoria de que o Fona era um animal adaptado à vida subterrânea, utilizando tocas como proteção contra predadores e abrigo para preservação de sua ossada após a morte.
O estudo do Fona promete trazer novas revelações sobre a evolução e os hábitos dos animais que habitavam o subsolo durante o período pré-histórico, abrindo novos caminhos para a paleontologia e a compreensão da vida em tempos remotos.
