Na última segunda-feira, arqueólogos fizeram uma descoberta impressionante na capital do Peru, Lima. Quatro múmias de crianças, com pelo menos mil anos de idade, foram desenterradas em uma região considerada um “espaço cerimonial sagrado” pelos antigos habitantes. Além das múmias infantis, os pesquisadores encontraram também os restos mortais de um adulto, pertencentes à cultura Ychsma, que se desenvolveu na costa central peruana antes do Império Inca.
As múmias foram descobertas aos pés de uma escadaria de barro em cima da “Huaca la Florida”, uma pequena colina em estudo onde se acredita haver um templo arqueológico escondido construído há 3.500 anos. O arqueólogo Luis Takuda, responsável pelas escavações, destacou a importância do local, afirmando que “toda a região onde estamos posicionados agora mesmo é um átrio cerimonial bastante importante”.
Lima, com seus cerca de 10 milhões de habitantes, é uma cidade rica em vestígios arqueológicos. Estima-se que a capital do país conte com aproximadamente 400 ruínas arqueológicas, presentes tanto em bairros pobres quanto em áreas residenciais. No entanto, as maiores descobertas arqueológicas do Peru geralmente ocorrem fora de Lima, ou em lugares como Cusco, antiga capital do Império Inca.
Takuda ressaltou a importância da descoberta e a relevância da região de Rimac, em Lima, como um centro de atividades cerimoniais para os antigos habitantes do local. Segundo o arqueólogo, a descoberta das múmias e outros vestígios antigos reforçam a importância do local como um espaço sagrado para as culturas ancestrais.
As descobertas arqueológicas no Peru continuam a surpreender os pesquisadores, revelando cada vez mais sobre a rica história e cultura do país. Com mais de mil anos de idade, as múmias de crianças encontradas em Lima oferecem insights fascinantes sobre as práticas funerárias e crenças religiosas das antigas civilizações que habitavam a região.