Argentinos protestam em greve de 12 horas contra queda no consumo e desvalorização da moeda. Presidente mantém imagem positiva.

No mês de dezembro, foi registrada uma queda significativa no consumo e na produção das pequenas indústrias na Argentina, de acordo com dados divulgados pela câmara empresarial CAME. Em termos interanuais, o consumo caiu 13,7%, enquanto a produção nas pequenas indústrias apresentou uma retração de 26,9%. Esses números apontam para um cenário econômico desafiador no país sul-americano.

Além disso, as decisões do governo de liberar os preços dos combustíveis e a desvalorização de 50% da moeda tiveram um impacto significativo no poder de compra dos trabalhadores e aposentados, gerando insatisfação e manifestações nas ruas. A população demonstrou descontentamento com as medidas adotadas pelo governo, o que culminou na realização de uma greve.

A greve, que está prevista para durar 12 horas a partir do meio-dia, terá início com uma marcha da sede da CGT até o Congresso. Segundo declarações do presidente Milei, a greve tem como objetivo destacar a existência de duas realidades distintas na Argentina. Ele afirmou que “há uma Argentina que quer ficar para trás, no passado, na decadência”.

Apesar da insatisfação evidenciada nas ruas, diversas pesquisas indicam que o presidente mantém uma imagem positiva entre 47% e 55% da população. Ainda assim, a realização da greve e a manifestação popular deixam claro que há uma divisão evidente na percepção da população em relação às políticas adotadas pelo governo.

É importante ressaltar que o cenário político também passa por alterações significativas, com a introdução de mudanças na legislação trabalhista por meio do mega Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), que aborda diversos aspectos, incluindo o direito à greve. As medidas adotadas pelo governo têm sido alvo de debates e acirramentos, ampliando a tensão política e social no país.

Diante desse contexto, a Argentina enfrenta desafios econômicos e sociais que demandam soluções efetivas e consensos políticos para superar a crise e garantir a estabilidade e o bem-estar da população. A realização da greve e as mudanças na legislação trabalhista refletem o cenário de incertezas e polarizações que marcam a atual conjuntura no país.

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