Repórter São Paulo – SP – Brasil

Araújo é convocado por Bolsonaro para ajudar nas manifestações no 7 de setembro e pede lojistas a pendurarem bandeiras do Brasil.

As recentes atitudes do ex-comandante da Rota e pré-candidato a governador de São Paulo, o coronel Álvaro Batista Camilo, têm gerado controvérsias e levantado questionamentos sobre suas intenções políticas e sua relação com o atual governo. Recentemente, o militar convocou veteranos da PM para “ajudar Bolsonaro” em um ato de apoio ao então presidente na avenida Paulista, alegando que o “comunismo” estaria “querendo entrar” no país.

Além disso, nos últimos dias, o militar pediu que os lojistas da Ceagesp pendurassem bandeiras do Brasil nas lojas, em sinal de apoio ao governo. Esta atitude, segundo fontes próximas ao político, é uma forma de agradecer pela ajuda que a central recebia dos militares.

Araújo é filho e neto de PMs e foi comandante da Rota entre 2017 e 2019. Ele ingressou na Polícia Militar em 1987 e saiu em 2019, com 48 anos. Durante o período em que esteve à frente da Rota, o militar criou desconto para PMs na Ceagesp, medida que foi adotada pela maioria das barracas, como forma de reconhecimento pela ajuda que a central recebia dos militares.

Nas redes sociais, militar defendeu o fim da saída de natal para presos. No último dia 9, ele postou um vídeo sobre o assunto no Instagram, no qual marcou o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) e outros senadores. No entanto, procurado para comentar sobre o assunto, tanto o prefeito de São Paulo quanto Araújo não se manifestaram.

Na semana passada, Marta Suplicy, que integrava o governo Nunes, fechou acordo para ser vice do pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL). Esta movimentação política, somada às atitudes de Araújo, tem gerado especulações sobre o cenário político em São Paulo e as possíveis alianças e oposições que surgirão nas próximas eleições.

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