Quem alerta para essa situação preocupante é o biólogo Ronaldo Christofoletti, professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na Baixada Santista. Segundo Christofoletti, o oceano está com uma temperatura 0.4 a 0.5 graus acima da média esperada, equivalente a uma febre nos padrões humanos. Esse desequilíbrio na temperatura oceânica resulta em mais evaporação da água e menos absorção de calor, provocando o caos climático e as intensas chuvas que castigam o Rio Grande do Sul.
O biólogo enfatiza a importância de adotar medidas imediatas diante dessa realidade, visando evitar a repetição de tragédias como a que se abateu sobre o território gaúcho, com mais de 165 mortos e 581 mil desalojados. Além disso, ele enfatiza a necessidade de que as autoridades estejam atentas à ciência e tomem ações efetivas para lidar com os impactos das mudanças climáticas.
Christofoletti destaca a urgência em reduzir as emissões de gás carbônico, que passa pela preservação das florestas, mudanças na matriz energética e pela adoção de práticas mais sustentáveis. Além disso, enfatiza a importância de repensar as cidades para enfrentar eventos climáticos extremos e de agir em esferas legislativas como o Congresso Nacional, onde a aprovação do Projeto de Lei do Mar pode representar um avanço significativo na regulamentação das atividades oceânicas e na preservação desse ambiente fundamental para a vida na Terra.
Diante do cenário preocupante de aquecimento oceânico e suas consequências, fica claro que ações imediatas e eficazes são necessárias para evitar desastres ainda maiores no futuro. A ciência oferece respostas e alertas que não podem ser ignorados pelas autoridades e pela sociedade, sendo fundamental a união de esforços para proteger o nosso planeta e assegurar um futuro sustentável para as gerações vindouras.