De acordo com o texto, a Mesa Diretora terá a prerrogativa de suspender por até seis meses o mandato de parlamentares acusados de quebra de decoro, cabendo ao colegiado analisar as decisões em até 15 dias. Lira declarou em suas redes sociais: “Não podemos mais continuar assistindo aos embates quase físicos que vêm ocorrendo na Casa e comprometem o seu caráter democrático”.
No entanto, a medida foi alvo de críticas por parte de parlamentares como Glauber Braga (Psol-RJ) e Renildo Calheiros (PCdoB-PE). Glauber Braga afirmou que a proposta é prejudicial para a esquerda e será usada apenas contra opositores do presidente da Câmara. Já Calheiros argumentou que a Mesa não deve atuar como órgão julgador, cabendo tal função ao Conselho de Ética e ao Plenário.
Mesmo deputados de outras vertentes políticas expressaram descontentamento. Filipe Barros (PL-PR) questionou a atribuição da Mesa Executiva para suspender um mandato popular, defendendo que essa é uma prerrogativa do Plenário. A líder do Novo, Adriana Ventura (Novo-SP), também criticou a proposta, afirmando que o projeto é uma aberração ao colocar o mandato dos parlamentares sob decisão política.
Arthur Lira defendeu a necessidade do projeto como forma de trazer tranquilidade ao funcionamento das comissões diante das recorrentes confusões registradas na Casa. Recentemente, a Câmara foi palco de bate-bocas e até mesmo de uma situação que resultou na internação de uma deputada. Para Lira, as agressões e desordens têm ultrapassado o limite da racionalidade, necessitando de respostas adequadas.