Aprovação de projeto que iguala aborto a 22 semanas gera revolta nas ruas e redes, reacendendo debate sobre direitos das mulheres

O Congresso Nacional foi palco de intensos debates e polêmicas esta semana, especialmente após a aprovação da urgência para o projeto que equipara o aborto a partir de 22 semanas de gestação, mesmo em casos de estupro. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e sua base aliada, muitas vezes chamada de “banda neandertal”, foram os responsáveis por colocar o tema em pauta, gerando reações inflamadas nas ruas e nas redes sociais.

A reação da sociedade foi imediata e contundente, mostrando que a opinião pública pode ser um monstro adormecido. Como bem disse o saudoso presidente Juscelino Kubitschek, uma vez que é despertado, é difícil contê-lo. A mistura de religião com política, estimulada por figuras como Jair Bolsonaro e líderes religiosos, tem exacerbado as divergências e polarizações no país.

O projeto do deputado-pastor Sóstenes Cavalcanti foi alvo de duras críticas e manifestações em diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Pesquisas de opinião indicam que a maioria das postagens sobre o tema são contrárias à proposta. Uma enquete realizada pelo portal da Câmara revelou que 88% dos participantes discordam totalmente do projeto.

A discussão sobre o direito ao aborto e suas restrições continua sendo um tema sensível e complexo na sociedade brasileira. A tentativa de impor penalidades às mulheres estupradas, como previsto no projeto em questão, levanta questionamentos éticos e jurídicos importantes. A pressão da opinião pública e a mobilização de grupos da sociedade civil mostram que a questão está longe de ser pacificada e que o debate deve ser ampliado e aprofundado.

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