Repórter São Paulo – SP – Brasil

Aprovação de Haddad cresce no mercado financeiro, mas mau humor com governo Lula aumenta, aponta pesquisa Genial/Quaest.

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira revelou dados interessantes sobre a avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por parte dos agentes do mercado financeiro. De acordo com o levantamento, houve um aumento significativo na avaliação positiva de Haddad, com 50% dos agentes considerando seu trabalho bom ou ótimo, 38% avaliando como regular e apenas 12% reprovando sua gestão na economia. Esses números representam uma melhora em relação às últimas medições, com a reprovação caindo pela metade desde novembro e a aprovação crescendo sete pontos percentuais. Além disso, a pesquisa apontou que 51% dos entrevistados acreditam que o ministro está mais forte agora do que no início do mandato.

No entanto, nem tudo são flores para o governo Lula. A pesquisa também mostrou que a avaliação negativa do governo como um todo aumentou, passando de 52% em novembro para 64% em março. A aprovação caiu de 9% para 6% no mesmo período, e a parcela dos que consideram o governo regular diminuiu de 39% para 30%. Esse cenário de descontentamento reflete-se também nas expectativas para as eleições de 2026, com 86% dos agentes acreditando que Lula será candidato à reeleição, mas apenas 53% considerando-o favorito para vencer.

Outro ponto de destaque na pesquisa foram as opiniões dos agentes do mercado sobre questões econômicas. A maioria demonstrou pessimismo em relação ao governo, com 99% acreditando que o déficit não será zerado este ano, 71% considerando a política econômica errada e 50% apontando o intervencionismo como maior risco. Além disso, em relação à inflação, 46% acham que ela será menor do que em 2023, 36% preveem que ficará igual e 19% apostam em uma alta.

Por fim, a pesquisa também abordou a expectativa para o crescimento do PIB em 2024, com a maioria dos agentes esperando um resultado igual ou superior a 1,79%. A visão sobre a taxa de juros e as projeções para o futuro econômico do país também foram discutidas, mostrando um panorama complexo e cheio de desafios para o governo. Com base nos resultados apresentados, fica claro que a economia brasileira enfrenta um momento delicado, com a necessidade de ações efetivas para reverter o quadro de descontentamento e incertezas.

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