Repórter São Paulo – SP – Brasil

Após negociações, líder opositor venezuelano foge para Espanha com salvo-conduto após se refugiar na Embaixada da Espanha.

Após semanas de intensa negociação e tensão, Edmundo González finalmente deixou a Embaixada da Espanha em Caracas, seguindo rumo à liberdade. O ex-candidato presidencial venezuelano permaneceu escondido para evitar uma possível prisão pelas autoridades do governo de Maduro, que declararam sua vitória nas eleições de 28 de julho, apesar de controvérsias sobre a legitimidade do resultado.

No último sábado (7), o governo venezuelano concedeu autorização para a saída de González, permitindo que ele embarcasse em um avião da Força Aérea Espanhola no domingo (8). O Dassault Falcon F900 decolou de Caracas em direção à Espanha, fazendo uma breve escala na base aérea de Lajes, nas Ilhas Açores.

Após a parada, o avião seguiu viagem até a base militar de Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri, onde González foi recebido pelas autoridades locais. Ao desembarcar, deu início ao processo de solicitação formal de asilo, acompanhado de sua esposa. O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, já havia confirmado que o país concederia o asilo ao ex-candidato.

A eleição presidencial venezuelana continuou sendo alvo de controvérsia, com relatos de irregularidades e repressão pós-eleitoral. Mais de 1.700 pessoas foram detidas, incluindo adolescentes e líderes da oposição, em uma operação do governo conhecida como “Operação Tun Tun”. González, diante desse cenário, buscou refúgio na embaixada espanhola para evitar ser preso e possivelmente condenado a uma longa pena de prisão.

Sua partida para a Espanha marca o fim de um capítulo tumultuado em sua vida política, enquanto a Venezuela permanece envolta em incertezas e instabilidade política. A concessão do asilo pela Espanha representa um alívio para González e sua família, proporcionando-lhes um recomeço em um ambiente mais seguro e distante das pressões do governo venezuelano.

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