Após inúmeros desafios, equatorianos optam por novo governo em busca de acabar com a pobreza, violência e instabilidade política.

Nas eleições presidenciais do Equador, três candidatos se destacam como principais concorrentes: Guillermo Lasso, Lucio Gutiérrez e Andrés Arauz. Entretanto, uma reviravolta recente pode ter mudado a dinâmica da disputa.

Sonnenholzner, que também é candidato, teria boas chances de enfrentar González no segundo turno se conseguisse superar Topic. É importante ressaltar que todas as chapas são formadas por um homem e uma mulher, em cumprimento à lei de paridade de gênero.

A morte de Villavicencio, candidato da chapa de González, pode ter prejudicado o candidato, especialmente pelas acusações sem evidências de envolvimento de Rafael Correa, apoiador da candidatura de González, no assassinato. Essa hipótese ganha força em um país onde a classe dominante e a grande imprensa demonstram antipatia por Correa e seu projeto político popular. Paralelamente, surgiu também a possibilidade de Topic estar envolvido no crime, já que Villavicencio denunciou irregularidades em contratos mantidos por empresas ligadas a esse candidato com o poder público.

No entanto, a situação política do Equador vai além das eleições presidenciais. O país tem enfrentado uma crise de segurança pública, evidenciada principalmente pelo tráfico de drogas. A pobreza, a insegurança alimentar, os baixos níveis de educação e a corrupção do Estado contribuem para o aumento da criminalidade, que tem sido impulsionada pelo crime organizado e pelo tráfico de drogas.

Segundo o historiador Juan Paz y Miño Cepeda, o enfraquecimento do Estado e a falta de investimentos em segurança e políticas sociais permitiram que uma força de poder “informal” ou “ilegal” sobrepujasse o poder formal, resultando em uma população vivendo com medo e impotência.

Além da eleição presidencial, os equatorianos também vão eleger os membros da Assembleia Nacional e votar em duas consultas populares sobre questões ecológicas. Uma delas é nacional e trata da possibilidade de explorar ou não o petróleo no Parque Nacional Yasuní, enquanto a outra é local e discute a proibição ou não da mineração no bioma do Chocó Andino.

Esses temas são delicados e despertam diferentes preocupações nos eleitores. Enquanto alguns veem na exploração de recursos naturais como petróleo e minério uma oportunidade para enfrentar problemas sociais e econômicos, outros defendem a preservação ambiental, especialmente os eleitores mais jovens.

A chapa González/Arauz, por exemplo, defende a exploração soberana do petróleo em Yasuní como uma forma de aumentar os investimentos públicos em saúde e educação. Porém, a controvérsia em torno dessa proposta pode influenciar a decisão dos eleitores.

Com a proximidade das eleições, é esperado que os candidatos intensifiquem suas campanhas e busquem conquistar mais apoio. O resultado final só será conhecido nas urnas, mas as reviravoltas políticas e os temas polêmicos contribuem para tornar essa corrida eleitoral ainda mais significativa para o futuro do Equador.

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