Na carta, o premiê expressou sua indecisão em continuar liderando o governo, questionando se valeria a pena permanecer no cargo. A decisão de afastar-se temporariamente para refletir e decidir seu futuro causou surpresa até mesmo entre membros do PSOE. O anúncio da investigação contra Begoña ocorreu horas antes do posicionamento de Sánchez, que prometeu anunciar sua decisão na segunda-feira (29).
Durante a manifestação em Madri, os apoiadores entoaram cânticos em apoio a Sánchez, carregando bandeiras e demonstrando sua lealdade ao premiê. Entre frases de incentivo, alguns expressaram preocupação com o futuro político da Espanha caso Sánchez opte por renunciar. A vice de Sánchez, María Jesús Montero, também pediu para que o primeiro-ministro permaneça no cargo, destacando a importância da sua liderança.
Enquanto os apoiadores demonstravam seu apoio, partidos de oposição condenavam a possibilidade de renúncia de Sánchez, destacando que o problema judicial envolvendo o premiê não reflete uma questão nacional. O Ministério Público espanhol chegou a solicitar o arquivamento da denúncia contra Begoña, contestando as acusações feitas pela associação Mãos Limpas, ligada a partidos de direita.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, também prestou solidariedade a Sánchez, ressaltando a importância do liderança do premiê para a Espanha, Europa e o mundo. A situação permanece fluida e a decisão de Sánchez sobre seu futuro político será revelada nos próximos dias, enquanto a população espanhola aguarda ansiosamente pelo desfecho dessa crise.