A ApexBrasil não detalhou quais seriam esses supostos delitos, mas informou que o caso foi encaminhado à Justiça para as devidas providências. As investigações da agência apontam para afastamento das funções e defesa de pautas golpistas no caso das joias sauditas, que teriam sido trazidas ilegalmente para o Brasil pelo ex-presidente da República para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O valor estimado das joias seria de €3 milhões, equivalente a R$ 17,84 milhões.
As leis vigentes no Brasil exigem que a entrada de mercadorias classificadas como “pessoais” e com valor acima de US$ 1 mil seja feita mediante o pagamento do imposto de importação, que corresponde a 50% do valor do produto. No entanto, no caso das joias sauditas, houve omissão do item, o que resultaria em uma multa equivalente a 50% do valor total.
Posteriormente, Bolsonaro admitiu ter incorporado parte das joias sauditas ao seu acervo pessoal. Coincidentemente, um mês após a chegada das joias ao Brasil, a Petrobras vendeu uma refinaria por US$ 1,8 bilhão aos árabes.
Esse escândalo envolvendo o general e a suspeita de atos ilícitos na gestão da representação da ApexBrasil em Miami certamente levantam questionamentos sobre a conduta ética e legal dos envolvidos, além de ressaltar a importância da transparência e integridade no serviço público. A repercussão desse caso pode ter desdobramentos significativos no cenário político e diplomático brasileiro.