Repórter São Paulo – SP – Brasil

Apenas 10 países atendem aos padrões da OMS para poluição do ar, revela relatório da IQAir, com destaque para regiões Asiáticas e Africanas.

Em um mundo onde a preocupação com a qualidade do ar é cada vez mais presente, os dados divulgados pela IQAir revelam que apenas 10 países e territórios conseguiram atingir os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação à poluição do ar no ano passado. Isso representa apenas uma pequena parcela dos 134 lugares analisados pela empresa suíça.

A principal forma de poluição estudada foi o material particulado fino, conhecido como PM2.5, que são partículas sólidas com menos de 2,5 micrômetros de tamanho e que podem entrar na corrente sanguínea, causando milhões de mortes prematuras a cada ano. A CEO da divisão norte-americana da IQAir, Glory Dolphin Hammes, destacou que tanto a poluição do ar quanto as mudanças climáticas têm a mesma raiz: os combustíveis fósseis.

Os países que conseguiram atingir as diretrizes da OMS são principalmente ilhas, como a Austrália e os países nórdicos da Europa. Já os locais com pior qualidade do ar estão concentrados na Ásia e na África, onde a poluição é causada principalmente pelo tráfego de veículos, emissões industriais e queima de resíduos agrícolas e domésticos.

Um destaque negativo ficou por conta da China, que apresentou um aumento de 6,3% na poluição do ar em comparação com o ano anterior, revertendo uma tendência de melhoria que vinha ocorrendo nos últimos anos. O aumento foi atribuído à reabertura da economia chinesa após os impactos da pandemia.

Além disso, a fumaça de incêndios florestais também se mostrou um problema crescente, especialmente no Canadá, onde os incêndios queimaram uma área equivalente à metade da Alemanha, impactando diretamente na qualidade do ar das cidades canadenses, que ocuparam as primeiras posições na lista de cidades mais poluídas da América do Norte.

É importante ressaltar que a exposição a curto prazo à poluição do ar também pode ser letal, especialmente para grupos vulneráveis, como bebês, idosos e pessoas com comorbidades. Estudos apontam que cerca de um milhão de mortes prematuras por ano estão relacionadas à exposição a curto prazo ao PM2.5, principalmente em regiões como o leste e sul da Ásia, além da África Ocidental.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental que governos e sociedade civil atuem de forma enérgica para combater a poluição do ar e garantir um ambiente saudável para as gerações presentes e futuras.

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