Diplomatas ouvidos pela coluna avaliam que Eduardo foi cortado por violar a lei que proíbe manifestações em apoio a candidatos no dia da votação, e não por sua relevância entre os cidadãos argentinos.
Caso o canal de TV mantivesse o deputado brasileiro no ar defendendo a campanha de Milei, ele poderia ser alvo de uma multa considerável. Durante os três anos em que os governos de Jair Bolsonaro e Alberto Fernández coexistiram, houve uma grande preocupação por causa das declarações e gestos do ex-presidente brasileiro e de seus familiares.
Em 2020, Eduardo publicou uma foto em que aparecia fortemente armado, ao lado de Estanislao Fernández, filho de Alberto Fernández, caracterizado como drag queen e fazendo cosplay de Pikachu. Essa montagem ainda é lembrada pela Embaixada da Argentina no Brasil.
Durante as eleições brasileiras de 2022, houve um temor de que a população brasileira passasse a rejeitar a Argentina devido à campanha negativa de Bolsonaro que comparava o país vizinho a Cuba e Venezuela, associando-o a Lula (PT). Até notícias falsas circularam sugerindo um desabastecimento de carne bovina na Argentina.
Após o governo Bolsonaro, os diplomatas argentinos acreditam que ele e seus filhos já não têm mais relevância no cenário externo. As últimas vezes em que Jair Bolsonaro ganhou destaque no noticiário argentino foram pelas suas derrotas políticas, como a inelegibilidade.
Além disso, devido às tensões econômicas e sociais na Argentina, a população argentina está mais preocupada com a situação doméstica do que com apoios políticos externos.
Em outro contexto, o diretor de jornalismo da Rede Bandeirantes, Fernando Mitre, lançou seu livro “Debate na Veia – Nos Bastidores da Tevê, a Democracia no Centro do Jogo”. O presidente do grupo Bandeirantes, Jhonny Saad, marcou presença no evento que aconteceu no Teatro Áureo Cruz, em São Paulo. O jornalista Boris Casoy mediou um debate durante o encontro.
