O impasse teve momentos críticos, com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, apelando para que seus pares votassem a favor de um acordo que permitiria a libertação de pelo menos 50 das cerca de 240 pessoas sequestradas pelo grupo terrorista durante sua incursão ao território israelense.
Quatro reféns já haviam sido libertados antes do acordo mais recente, após mediação do Qatar. As negociações pela libertação de reféns têm sido foco de tensão para o governo do premiê Netanyahu, em meio aos bombardeios intensos em Gaza. Manifestantes têm pressionado o premiê em atos quase diários que exigem mais esforços pela soltura das vítimas.
A despeito das negociações, autoridades israelenses continuaram a subir o tom de suas acusações contra o Hamas. As IDF (Forças de Defesa de Israel) afirmaram que militares encontraram evidências de que o maior hospital da Faixa de Gaza, alvo de uma ofensiva israelense, serve também como centro de operações para o grupo terrorista, o que a facção nega.
Desde o início da guerra, líderes mundiais e representantes de organizações têm denunciado a morte de civis e questionado a proporcionalidade dos ataques de Israel. A pressão interna e externa levou o governo israelense a dar prosseguimento às negociações com as facções em Gaza, apesar de paralisações e manifestações de insatisfação com a metodologia do acordo.
O retorno dos reféns é considerado uma ordem moral por parte das autoridades israelenses, que continuaram a lutar e a ficar de guarda até conseguirem uma mudança na realidade de segurança no sul de Israel. O premiê Netanyahu considerou a aprovação do acordo uma decisão difícil, mas correta, e afirmou que permitiria a Tel Aviv continuar a perseguir seu objetivo final com os enfrentamentos — exterminar o Hamas.