Com 15 faixas e uma equipe de produtores brasileiros talentosos, “Funk Generation” mergulha nas três principais escolas do funk, desde a primeira geração até os ritmos atuais que dominam as pistas de dança. A cantora não hesita em explorar a agressividade e a lascívia características do gênero, mas também se arrisca em canções mais comerciais, que nem sempre atingem o brilho esperado.
Ao trazer influências do funk carioca e de outras regiões da América Latina, Anitta desafia o status quo e prova sua habilidade de se reinventar. Em faixas como “Grip” e “Cria de Favela”, a cantora incorpora elementos tradicionais do funk, ao mesmo tempo em que dialoga com sonoridades contemporâneas e internacionais.
No entanto, algumas faixas do álbum, como “Puta Cara” e “Fria”, mostram uma tentativa de adaptação do funk para o mercado pop norte-americano, o que nem sempre se encaixa de forma coesa. Ainda assim, músicas como “Double Team” e “Aceita” conseguem mesclar com êxito elementos do reggaeton e do dembow, criando uma sonoridade única e envolvente.
Com participações especiais de artistas como Bad Gyal e Sam Smith, Anitta demonstra sua versatilidade e sua capacidade de transitar por diferentes estilos musicais, consolidando-se como uma artista internacional de destaque. Em “Funk Generation”, a cantora mantém sua autenticidade e atitude característica, desafiando limites e explorando novas possibilidades dentro do universo do funk.
Assim, fica claro que Anitta, mesmo sendo uma artista internacional, mantém suas raízes no funk brasileiro, incorporando elementos tradicionais e contemporâneos em seu trabalho. Com “Funk Generation”, a cantora reafirma sua posição no cenário musical global, mostrando que é possível unir influências e estilos de forma criativa e inovadora.