Guilherme Boulos, do PSOL, tem adotado um estilo mais moderado, buscando suavizar sua imagem de radical, seguindo uma estratégia semelhante à adotada por Lula em 2002. Por outro lado, candidatos como Tabata Amaral, do PSB, e Marina Helena, do Novo, optam por cores mais claras e roupas clássicas para se destacarem em meio aos tons escuros comumente utilizados por candidatos masculinos.
A análise do estilo dos candidatos foi realizada por especialistas que apontaram que Ricardo Nunes, do MDB, escolhe peças sóbrias e clássicas, enquanto Pablo Marçal, do PRTB, e José Luiz Datena, do PSDB, buscam transmitir uma imagem de outsider e se distanciar da política tradicional, cada um à sua maneira.
A especialista Deniza Gurgel destacou a evolução da imagem de Boulos ao migrar de roupas informais para vestimentas mais formais, acompanhadas de mudanças no cabelo e na barba, buscando transmitir seriedade e capacidade de diálogo com o mercado. Já Marçal inovou em sua repaginada visual, contando com o auxílio do fotógrafo João Mena para construir uma nova imagem de impacto.
A questão da vestimenta, no entanto, não é o único fator determinante nas campanhas eleitorais, mas pode contribuir para reforçar aspectos importantes dos candidatos. A moda não apenas transmite uma mensagem visual, mas também pode ser uma manifestação da identidade dos candidatos e da imagem que desejam transmitir para o público.
Assim, as roupas utilizadas pelos postulantes à Prefeitura de São Paulo se mostram como uma estratégia complementar na construção de suas imagens e mensagens políticas, demonstrando a importância da comunicação não verbal no cenário eleitoral.