A receita líquida da empresa no período foi de R$ 10,3 bilhões, uma queda significativa de 45% em comparação com o ano anterior, enquanto o resultado financeiro fechou em um saldo negativo de R$ 2,2 bilhões, comparado aos R$ 4 bilhões negativos de janeiro a setembro de 2022.
O balanço dos nove primeiros meses de 2023 também revelou que o patrimônio líquido da Americanas encerrou em um valor negativo de R$ 31,2 bilhões, um aumento de 16,8% em relação ao final de 2022, quando a empresa já apresentava um passivo de R$ 26,7 bilhões.
Esses resultados financeiros, divulgados nesta segunda-feira, foram adiados por três vezes pela gestão atual da Americanas. Além disso, a empresa só divulgou o prejuízo de R$ 12 bilhões de 2022 em novembro do mesmo ano, após descobrir adulterações nos dados contábeis que ocorriam desde 2015.
A Americanas, desde janeiro de 2023, demitiu cerca de um quarto de sua equipe, reduzindo o número de colaboradores de 43.123 para 32.248 e fechando 126 lojas, totalizando uma queda de 7% no número de estabelecimentos. Essas medidas visam tornar a empresa mais enxuta e focada em produtos de conveniência, como guloseimas, itens de limpeza e brinquedos, deixando itens de maior valor agregado para os parceiros do marketplace.
No entanto, apesar dos esforços de reestruturação, os consumidores parecem não ter mais a mesma confiança no site da empresa, o que tem impactado diretamente no volume de vendas, de acordo com José Daronco, analista da Suno Research. Portanto, a Americanas enfrenta desafios significativos para se recuperar financeiramente e reconquistar a confiança de seus consumidores.