Em resposta, a empresa afirmou que os pagamentos aos credores estão sendo feitos conforme o plano de recuperação judicial e que os valores questionados são considerados “residuais”. A Americanas tinha como prazo para encerrar a primeira etapa de pagamentos, que incluía credores trabalhistas, micro e pequenos empreendedores e fornecedores, até o dia 28 de março. No entanto, o atraso tem gerado preocupações entre os pequenos fornecedores, que dependem em grande parte das vendas realizadas para a Americanas.
Segundo um representante desses fornecedores, muitas empresas afetadas pelo não pagamento têm uma alta porcentagem de suas vendas ligadas à Americanas, chegando a 80% em alguns casos. A empresa, por sua vez, garantiu que mais de R$ 4 bilhões em créditos já foram pagos a credores trabalhistas, micro e pequenos empreendedores e fornecedores, e prevê que a maior parte do plano de recuperação seja implementada até o fim do primeiro semestre.
Em recuperação judicial desde janeiro de 2023, após fraudes contábeis, a Americanas conseguiu aprovar seu plano de recuperação 11 meses depois. Apesar dos desafios enfrentados, a empresa retomou os pagamentos e já quitou mais de R$ 100 milhões após a homologação do plano pela Justiça do Rio. A varejista destacou o compromisso com os fornecedores e afirmou que os recursos para os pagamentos provêm de um novo financiamento realizado pelos acionistas de referência da companhia.
A relação entre a Americanas e seus fornecedores, especialmente os pequenos, continua sob escrutínio, e o desfecho desse impasse certamente terá impactos significativos no setor varejista como um todo.