O processo de fermentação do pão de forma, no qual açúcares são transformados em álcool etílico e gás carbônico, é responsável pela presença dessa substância. No entanto, o problema reside no uso excessivo de anti-mofo, que muitas vezes não evapora durante o cozimento do pão, resultando em um produto com teor alcoólico elevado.
De acordo com a pesquisa, alguns produtos disponíveis no mercado chegaram a atingir teores alcoólicos preocupantes, ultrapassando o limite máximo de álcool permitido. Isso levanta uma questão importante: por que as embalagens dos pães de forma não informam sobre a presença de álcool na fórmula?
A PROTESTE defende que deveria haver uma advertência alcoólica nas embalagens desses produtos, para alertar os consumidores sobre os possíveis riscos à saúde. A associação enviou os resultados do estudo para o Ministério da Agricultura (MAPA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com o intuito de chamar a atenção dos órgãos reguladores para essa questão.
Um dos pontos mais alarmantes da pesquisa foi o fato de que, se o pão de forma fosse considerado uma bebida alcoólica, o consumo de duas fatias de algumas marcas analisadas poderia resultar em uma taxa de álcool no organismo que ultrapassa o limite considerado seguro. Isso representa um sério risco à saúde dos consumidores.
Diante desse cenário preocupante, a PROTESTE continuará divulgando amplamente os resultados do estudo, em defesa dos direitos dos consumidores e do direito à informação correta sobre os produtos disponíveis no mercado. A associação, que é a maior do gênero na América Latina, realiza há 22 anos testes comparativos e de segurança, campanhas de informação e advocacy em nível legislativo, sempre com o intuito de proteger os consumidores.