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Alimentos registram maior queda em sete anos no Brasil, com deflação de 1% em julho, aponta IBGE

Após nove meses de consecutivos aumentos, os preços dos alimentos e bebidas no Brasil registraram uma queda de 1% em julho, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). Essa redução representa a maior queda em quase sete anos, desde agosto de 2017.

O índice oficial de inflação do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou um comportamento oposto no mês de julho, acelerando para 0,38%. Analistas apontam uma piora na composição do IPCA, embora tenha havido uma redução nos preços dos alimentos.

A diminuição nos preços dos alimentos foi facilitada pela maior oferta de produtos no mercado, de acordo com o gerente da pesquisa do IPCA, André Almeida. O IBGE destacou as baixas nos preços do tomate, cenoura, cebola, batata inglesa e frutas, enquanto o café moído, alho e pão francês apresentaram alta.

Segundo Almeida, as condições climáticas favoráveis, com chuvas e temperaturas amenas, contribuíram para a produção de alimentos, especialmente de hortifrútis, o que resultou em uma maior oferta e, consequentemente, na queda de preços em julho.

De outubro de 2023 a junho de 2024, o grupo alimentação e bebidas acumulou uma inflação de 6,87%. Durante esse período, o estado do Rio Grande do Sul foi afetado por enchentes históricas, que causaram estragos em propriedades rurais e impactaram a inflação de alimentos. No entanto, no IPCA de julho, não houve um efeito significativo das calamidades no estado, de acordo com Almeida.

Os pesquisadores do IBGE ressaltam a importância de analisar os impactos de possíveis quebras de safra e perdas de qualidade do solo no médio e longo prazos, o que poderá influenciar os preços dos alimentos no futuro.

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