Aliados de Lira se unem para esvaziar sessão sobre prisão de Chiquinho Brazão e estratégia de Elmar Nascimento é bem-sucedida.

Na tarde da última quarta-feira, a imprensa reportou que aliados de Arthur Lira estavam ativamente envolvidos em tentativas de esvaziar a sessão que discutiria a prisão do deputado Chiquinho Brazão. Entre esses aliados, destacou-se Elmar Nascimento, da União-BA, que se mostrou abertamente contra a manutenção da prisão preventiva de parlamentares, questionando a legitimidade dessa medida. O próprio pré-candidato à Presidência da Câmara anunciou sua convicção, deixando claro que não concordava com a decisão judicial.

Durante a votação sobre a prisão de Brazão, que ocorreu em março, Lira poderia ter recorrido ao Regimento e levado a questão diretamente ao plenário, garantindo uma maioria mais ampla a favor da decisão do STF. No entanto, optou por não o fazer, o que levantou especulações sobre sua posição em relação ao judiciário e sua influência sobre as decisões da Casa. Algumas interpretações sugerem que o objetivo de Elmar era garantir futuros apoios políticos entre os ausentes e os que votaram contra a prisão.

É importante ressaltar que Elmar Nascimento não agiu secretamente, pelo contrário, fez questão de alardear sua estratégia. Apesar disso, houve membros do próprio União Brasil que discordaram da postura do deputado, votando a favor da manutenção da prisão de Chiquinho Brazão.

No que diz respeito ao ministro Padilha, houve um desentendimento com Arthur Lira, que se sentiu incomodado com a declaração do ministro sobre a orientação do governo na Comissão de Constituição e Justiça. Ainda assim, a votação não parece ter enfraquecido o presidente da Câmara, que continua exercendo grande influência sobre os parlamentares. Mesmo com algumas divergências, a fidelidade política parece não ter sido abalada, com a maioria dos partidos seguindo a orientação de se opor à decisão do STF.

No entanto, a mudança de posição do PL durante a votação revela que a situação política pode sofrer reviravoltas inesperadas. Com sete votos a favor da prisão, cinco abstenções e 12 ausências, o partido decidiu recuar do fechamento de questão, evidenciando a complexidade das negociações nos bastidores do Congresso.

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