Repórter São Paulo – SP – Brasil

Aliados asiáticos preocupados com possível implosão de Biden e renovação de pressões de Trump após eleições nos EUA

Segundo o renomado ex-diplomata japonês Kunihiko Miyake, a vitória de Joe Biden nas eleições dos Estados Unidos não significa necessariamente um alívio para os aliados asiáticos, como Japão e Coreia do Sul. Em declaração ao Canon Institute for Global Studies, Miyake afirmou que, apesar de estarem mais preparados do que há oito anos, os aliados ainda enfrentam a imprevisibilidade do presidente Trump.

Durante o governo de Trump, as relações com o Japão e a Coreia do Sul foram marcadas por tensões, principalmente relacionadas a demandas por mais pagamentos para assistência militar e disputas comerciais. O professor Takashi Kawakami, da Universidade Takushoku do Japão, expressou preocupação sobre a possibilidade de Trump não valorizar a aliança de segurança com o Japão.

Por sua vez, o pesquisador Peter Lee, do Asan Institute for Policy Studies em Seul, destacou que o debate eleitoral ressaltou a possibilidade de um segundo mandato de Trump. Lee espera que o atual presidente pressione os aliados a aumentar seus gastos com defesa, o que poderia gerar impactos nas relações bilaterais.

Além disso, Trump iniciou uma guerra tarifária com a China, a segunda maior economia do mundo. Caso seja reeleito, o presidente cogitou impor tarifas ainda mais altas sobre os produtos chineses, o que poderia intensificar as tensões comerciais entre as duas potências.

Diante desse cenário, os aliados asiáticos acompanham atentamente o desenrolar das eleições nos Estados Unidos e se preparam para possíveis desdobramentos nas relações bilaterais, que podem ser influenciadas tanto por um novo governo Biden, quanto por um segundo mandato de Trump.

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