A defesa de Bolsonaro vem tentando ajustar a realidade conforme suas conveniências processuais. De acordo com os advogados do presidente, a hospedagem de apenas dois dias na embaixada é tratada como algo temporário e sem maiores consequências. Eles argumentam que é injusto que todo um país se submeta a acusações sem que Bolsonaro possa se defender.
A defesa alega que não há motivos para suspeitar que Bolsonaro estava com medo de ser preso e que buscou refúgio diplomático na embaixada por respeito aos fatos. Segundo eles, o presidente apenas estava mantendo contatos com autoridades húngaras e não poderia prever a possibilidade de ser preso.
Essa versão, apesar de não facilitar a situação penal de Bolsonaro, parece trazer alguma paz de espírito ao presidente. A ideia de que pernoitou na embaixada apenas para manter contatos diplomáticos e sem qualquer outra intenção suspeita parece ser reconfortante para o mandatário.
Com a pressão do ministro Alexandre de Moraes e as explicações exigidas sobre essas noites na embaixada da Hungria, Bolsonaro e sua defesa terão que se justificar diante das autoridades e da opinião pública. Resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos e as próximas declarações do presidente e seus advogados sobre esse caso.