O chanceler alemão Olaf Scholz prestou homenagem a Schaeuble, descrevendo-o como um democrata-cristão em formação que adorava discutir e que, apesar disso, nunca perdeu de vista o propósito da política, que é melhorar a vida dos cidadãos. Já a ministra do Interior, Nancy Faeser, destacou a importância de Schaeuble na representação da Alemanha democrática do pós-guerra.
Ao longo de sua carreira, Schaeuble teve participação crucial na elaboração dos termos do tratado de reunificação da Alemanha, após a queda do muro de Berlim, em agosto de 1990, enquanto atuava como ministro do Interior. Mais tarde, como ministro das Finanças, ele comandou a resposta política da Alemanha à crise da zona do euro, garantindo o apoio do bloco conservador de Angela Merkel para três resgates à Grécia.
Sua determinação e firmeza nas questões financeiras lhe renderam enorme popularidade dentro da Alemanha, mesmo que fosse visto com desconfiança no exterior. A revista Spiegel chegou a apelidá-lo de “chanceler dos bastidores”, refletindo seu papel de influência nos bastidores da política alemã.
O CDU também prestou homenagem a Schaeuble, elogiando seu compromisso com a estabilidade e a responsabilidade financeira, ressaltando que seu legado perdurará na história alemã e europeia.
A morte de Wolfgang Schaeuble representa uma perda significativa para a política alemã e para a União Democrata-Cristã. Seu legado e impacto nas decisões políticas do país ressoarão por muitos anos. A notícia de sua partida deixa um vazio na política alemã, mas seu legado permanecerá vivo.
