A prática de alargar as praias consiste em depositar areia na costa, aumentando a faixa de areia e, consequentemente, expandindo a área de proteção contra o avanço do mar. Isso é feito principalmente por meio de dragagem, onde a areia é retirada de uma área para ser depositada em outra, modificando o perfil da praia.
Os defensores desse método afirmam que, além de proteger as construções próximas à orla, a ampliação das praias também traz benefícios para o turismo, atraindo mais visitantes e gerando renda para a região. Além disso, argumentam que a prática contribui para a preservação ambiental, evitando o desgaste da costa e a perda de áreas de lazer.
No entanto, especialistas alertam para os possíveis impactos negativos do alargamento das praias. Segundo eles, o deslocamento da areia pode interferir no equilíbrio do ecossistema marinho, afetando a vida marinha e a dinâmica costeira. Além disso, o processo de dragagem pode causar prejuízos à biodiversidade e aos corais próximos à costa.
Outro ponto de preocupação é a viabilidade a longo prazo dessa prática. Muitos especialistas questionam se o alargamento das praias é realmente uma solução sustentável para a proteção costeira, argumentando que a erosão é um processo natural e que medidas como o reflorestamento de manguezais e a gestão adequada do uso do solo podem ser mais eficazes a longo prazo.
Portanto, a discussão sobre os prós e contras do alargamento das praias em Santa Catarina continua em pauta. Enquanto algumas prefeituras seguem adotando essa prática como medida de proteção, especialistas e ambientalistas levantam questionamentos sobre os impactos ambientais e a eficácia a longo prazo dessa estratégia. A busca por soluções sustentáveis e eficientes para a proteção da costa continua sendo um desafio enfrentado pelas autoridades e comunidades litorâneas da região.