O representante local da Federação Nacional de Sindicatos de Agricultores da França, Pascal Verriele, explicou à RFI que os agricultores querem “medidas significativas, rápidas e com garantias”. Ele ressalta que a raiva é grande e que os agricultores estão determinados a fazer ações que visem Paris. Além disso, Sylvain Robert, viticultor de Hérault, no sul da França, afirmou à AFP que a manifestação deixará sua marca, destacando a precariedade da profissão entre impostos e normas em constante mudança.
Os agricultores também protestam em frente a supermercados, alegando que não recebem o preço justo por seus produtos, apesar da existência de uma legislação para garantir preços mínimos aos produtores agrícolas na França. O ministro da Economia, Bruno Le Maire, reconheceu a existência de infrações à lei Egalim por parte de “industriais” e “determinados distribuidores”.
Perante a revolta dos agricultores, o primeiro-ministro Gabriel Attal deve visitar uma fazenda de gado na região da Occitânia para conversar com os agricultores e anunciar novas medidas para o setor. No entanto, autoridades locais e os próprios agricultores têm apelado por manifestações pacíficas, buscando um movimento calmo e respeitoso.
Os produtores rurais, tanto na agricultura convencional quanto na biológica, denunciam a queda de seus rendimentos, a complexidade administrativa e a sobrecarga de normas em vigor para o setor. A situação tem gerado grande mobilização e determinação por parte dos agricultores, que seguem pressionando por mudanças e melhorias em suas condições de trabalho e remuneração.