Agentes de segurança da cracolândia em SP adoecem, sindicato encaminha ofício à prefeitura solicitando medidas de proteção adequadas.

O sindicato dos guardas-civis de São Paulo enviou um ofício à prefeitura da cidade, relatando que agentes que atuam na região da cracolândia estão ficando doentes. Segundo o documento, desde fevereiro de 2020, 11 profissionais foram afastados do trabalho devido a doenças respiratórias e de pele. O último caso registrado foi de um guarda afastado por sarna, com outros dois casos da mesma doença em fevereiro.

Além disso, o sindicato mencionou três casos de infecção bacteriana, duas de tuberculose, uma de pneumonia, bactéria pulmonar, urticária e eritema. Os agentes atuam na Iope (Inspetoria de Operações Especiais), responsável pelo patrulhamento na região da cracolândia, que foi recentemente cercada com grades.

O relatório emitido pelo sindicato ainda aponta que os agentes realizam abordagens em usuários e em seus pertences, como caixotes, cobertores, bolsas e sacolas, mesmo utilizando equipamentos de proteção individual. O presidente do SindGuardas, Marcio dos Santos, ressaltou a necessidade de diminuir o tempo de exposição dos agentes e estudar novos equipamentos de proteção mais eficientes.

A Secretaria Municipal de Gestão confirmou ter recebido os representantes do sindicato e que as demandas estão sendo analisadas pela equipe técnica. O sindicato dos agentes de saúde e a associação de cabos e soldados da PM foram procurados para comentar sobre possíveis notificações de doenças entre seus associados, mas ambos alegaram não ter conhecimento sobre afastamentos.

A situação dos guardas-civis de São Paulo levanta preocupações sobre a saúde dos agentes que atuam na região da cracolândia, destacando a importância de medidas eficazes para proteger a saúde desses profissionais que estão expostos a diversos riscos no desempenho de suas funções.

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