Repórter São Paulo – SP – Brasil

Agentes da Polícia Federal vão aos EUA investigar venda de joias recebidas por Bolsonaro durante sua presidência.

A Polícia Federal está empenhada em desvendar o mistério que envolve a suposta venda de joias recebidas por Jair Bolsonaro quando ele estava no cargo de presidente da República. Para isso, um grupo de agentes será enviado aos Estados Unidos para investigar o caso. Segundo as investigações em curso no Supremo Tribunal Federal, a transação das peças teria sido intermediada pelo general do Exército Mauro Lourena Cid e seu filho, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

As suspeitas em torno dessa situação surgiram após conversas vazadas entre Mauro Cid e seu pai, que incluem até mesmo fotografias das joias recebidas pelo ex-presidente. Entre os itens que constam nas imagens estão esculturas de um barco e de uma palmeira, presenteadas a Bolsonaro durante o Seminário Empresarial da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, realizado no Bahrein em novembro de 2021.

A investigação teve início após a revelação de que um assessor de Bolsonaro tentou entrar no Brasil de forma irregular com joias, conforme noticiado pelo ‘Estadão’. Em depoimento à Polícia Federal, Mauro Cid admitiu ter participado da venda de dois relógios de luxo, além de ter repassado parte do dinheiro proveniente da transação ao ex-presidente. Segundo ele, Bolsonaro teria recebido 68 mil dólares, algo que o próprio nega veementemente.

O FBI dos Estados Unidos tem colaborado com as investigações mediante um acordo de cooperação firmado com o Brasil. Os agentes da Polícia Federal viajarão a Nova York para dar continuidade às apurações e obtenção de mais informações sobre a venda das joias. A operação, batizada de Lucas 12:2, tem como objetivo trazer à tona toda a verdade por trás desses eventos, que têm gerado repercussão tanto no cenário nacional quanto internacional.

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