No livro, Zakaria investiga nove revoluções, sendo cinco do passado (Holandesa, Gloriosa, Francesa e a Industrial) e quatro do presente (globalização, tecnologia, identidade e geopolítica). O autor descreve as revoluções passadas, com exceção da Francesa, como movimentos liberais que tiveram impactos positivos, mesmo diante de eventuais consequências negativas. Ele destaca que a prosperidade material atual é resultado das Revoluções Industriais, enquanto a Revolução Francesa é vista como um movimento fracassado e iliberal.
Em relação às revoluções modernas, Zakaria reconhece que elas estão gerando tensões e retrocessos, mas ressalta que não é necessário ser pessimista. Ao assimilarmos as lições das revoluções liberais, é possível evitar o populismo e outros problemas do iliberalismo, avançando gradualmente, seguindo o exemplo dos holandeses e ingleses desde os séculos XVI e XVII.
Com uma escrita envolvente e habilidade narrativa, Zakaria constrói um livro prazeroso de ler. Ainda que suas teses principais sejam convincentes, algumas questões surgem, como a necessidade de apelar para uma fé nas virtudes do liberalismo, algo que pode gerar preocupações entre alguns leitores.
“Age of Revolutions” é, portanto, uma obra que busca ressaltar a importância das revoluções liberais ao longo da história e seu potencial para guiar o mundo contemporâneo em direção a um futuro mais próspero e equilibrado. É um convite à reflexão e ao debate sobre os rumos políticos e sociais que desejamos seguir.