Afundamento acumulado da mina 18 da Braskem em Maceió atinge 2,16m, com velocidade vertical aumentando para 0,35 cm por hora.

A Defesa Civil de Maceió divulgou hoje (9) que o afundamento acumulado da mina 18, da empresa Braskem, atingiu a marca de 2,16 metros. Esse dado alarmante vem acompanhado de um aumento na velocidade vertical, que passou para 0,35 cm por hora, resultando em um movimento de 8,6 cm nas últimas 24 horas.

Essa situação tem causado grandes impactos na região. Desde 2018, mais de 14 mil imóveis em áreas afetadas, como Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Farol e Bom Parto, foram afetados por rachaduras que levaram à desocupação. Em resposta, a Braskem iniciou um Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação em 2019, que já resultou no pagamento de mais de 16 mil indenizações.

Até maio de 2023, apenas os imóveis com risco iminente de desabamento foram demolidos de forma emergencial. As demolições das construções sem risco iminente seguem o plano estipulado no Relatório de Impacto Ambiental, garantindo uma abordagem mais controlada e sustentável.

As demolições, que fazem parte do plano elaborado pela empresa, tiveram início em novembro do ano passado e estão programadas para ocorrer ao longo de 36 meses. Esse cronograma específico foi estabelecido para a conclusão das ações planejadas.

Após as demolições, a empresa realizará a proteção do solo por meio da implantação de cobertura vegetal. A Braskem está proibida de construir na região desde a assinatura, em 2020, do Termo de Acordo Socioambiental, e qualquer alteração sobre essa determinação das autoridades terá que ser permitida pelo Plano Diretor do Município.

É evidente que a situação é extremamente preocupante e requer uma abordagem cuidadosa e responsável por parte da empresa e das autoridades competentes. A população afetada merece atenção e resoluções rápidas para lidar com os impactos desse afundamento e garantir a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos.

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