Afeganistão celebra 3 anos da reconquista pelos talibãs com apelo ao “rumo da lei islâmica”

O primeiro-ministro do Afeganistão, Hassan Akhund, reafirmou o compromisso do país com a lei islâmica durante as celebrações do terceiro aniversário da reconquista do poder pelos talibãs. Em um discurso na antiga base americana em Bagram, Akhund destacou a importância de seguir os princípios da sharia, ressaltando que a responsabilidade de manter o rumo da lei islâmica agora recai sobre os dirigentes afegãos.

Akhund enfatizou que a vitória dos talibãs em agosto de 2021 não marcou o fim da guerra santa, mas sim o início de uma nova fase, na qual o país deve seguir os preceitos da lei islâmica. O líder afegão também mencionou a entrada dos talibãs em Cabul, que resultou na fuga do governo e no colapso da coalizão liderada pelos Estados Unidos, que havia expulsado o grupo do poder duas décadas antes.

As declarações de Akhund refletem a persistência dos talibãs em manter o controle do país e impor seus valores religiosos. A presença do primeiro-ministro em um evento militar em Bagram simboliza a consolidação do governo talibã e a demonstração de poder diante da comunidade internacional.

Desde que retomaram o poder, os talibãs têm enfrentado desafios internos e externos para garantir sua legitimidade e estabilidade no Afeganistão. A pressão internacional sobre o governo talibã tem aumentado, principalmente em relação aos direitos humanos e à proteção das minorias no país.

Nesse contexto, a declaração de Akhund sobre a manutenção da lei islâmica sinaliza a continuidade da política dos talibãs e a sua determinação em governar o Afeganistão de acordo com os preceitos religiosos. Resta agora acompanhar de perto os desdobramentos dessa postura e suas consequências para o país e a região.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo